Atividade realizada no Zoológico de Curitiba (fotos divulgação/facebook)
O tráfico de animais selvagens é uma questão de preocupa a sociedade e os alunos da Universidade Federal do Paraná estão empenhados em combater essa prática, especialmente através do projeto de extensão Meu Bicho é Legal. Fundado em 2013, o projeto realiza atividades nos municípios de Curitiba e região metropolitana, buscando implantar medidas que visem o bem-estar dos animais selvagens, sobretudo na questão da guarda responsável, no controle e prevenção de zoonoses.
Além disso, o projeto Bicho Legal busca orientar a população em relação ao risco de extinção e ao tráfico de animais selvagens. As atividades realizadas são voltadas a crianças e adolescentes de escolas públicas, através de palestras, teatro, folhetos e campanhas de conscientização – abrangendo temas como a extinção de animais brasileiros, as zoonoses transmitidas pelos animais em cativeiro, a importância dos animais no equilíbrio ecológico e o grande problema do tráfico de animais.
Atividade no Zoológico de Curitiba
O sucesso do projeto cruzou fronteiras e segundo a atual coordenadora, Nagaissa Daniele Reinhardt, estudante de Medicina Veterinária, já há universidades interessadas em levar a ideia para outros estados.
Entre as atividades realizadas, estão um Acantonamento no Zoológico de Curitiba com crianças de escolas municipais, quando as crianças puderam experienciar atividades e questionar o que são maus tratos, a importância da alimentação correta para os animais, como se proteger de zoonoses, a necessidade que os bichos têm de espaço, higiene e conforto.
Atualmente, 12 alunos de Medicina Veterinária participam do projeto. Quem quer entrar no grupo passa por uma capacitação, com palestras e também atividades práticas no Zoológico de Curitiba, para conhecer melhor o trabalho de educação ambiental que eles fazem a mais de 30 anos. Isso garante que os alunos que participam aprendem e possam ensinar.
“Existem trabalhos no Brasil que falam que de cada 10 animais retirados da natureza, 9 morrem antes de serem comprados. São condições deploráveis em que os animais traficados são acondicionados, existem milhares de reportagens sobre isso, mas parece que poucos estão dispostos a mudar essa realidade. Por isso nosso trabalho é tão importante. E como médicos veterinários temos o dever de zelar pelo bem-estar e pela qualidade de vida dos animais”, diz Nagaissa.
O projeto de extensão Meu Bicho é Legal é aberto a estudantes da UFPR e de outras universidades. Quem quiser participar pode entrar em contato pelo email meubicholegal@gmail.com ou pela página no Facebook: facebook.com/meubichoelegal.
Por: Simone Meirelles/Assessoria de Comunicação Social/Setor de Ciências Agrárias
